Sentada no metrô, lia um livro. “Não, não é possível que eles morram, e isso não pode ser revelado assim, no meio do livro...” franziu a sobrancelha num misto de reprovação e confusão. Gesto esse que não deve ter sido tão discreto assim, pois notou que estava sendo observada. Um rapaz a observava e sorria, como quem pensa: “Olha essa garota tão sonhadora sofrendo com a leitura.” Desviou o olhar para não ser percebido. Tarde demais!
A estação chegou. Ela arrumou de forma desengonçada o montante de coisas e livro que carregava, e que, ironicamente, intitulava de “Peso do Conhecimento”. O que provocou outro sorriso dele. Por um acaso, o rapaz desceu na mesma estação para fazer a troca do trem. “Será que vai pra mesma direção ou pra oposta? A mesma, legal!” como gostava de acasos observou. Pode-se dizer que o rapaz era bonito, boca bem desenhada, olhar expressivo. Olhos talvez um pouco grandes demais. Ele se mantinha andando sempre a sua frente.
Por um acaso, ou não muito acaso assim, entraram de novo no mesmo vagão. Ela encostou-se e voltou a ler. Não para fazer charme, mas por que precisava terminar o capítulo antes de chegar ao seu destino. O garoto já não olhava mais, talvez por ter percebido que era observado. O destino chegou e novamente desceram na mesma estação, o garoto saiu apressado, ela tentou segui-lo, mas por causa do peso logo desistiu, apenas seus olhos continuaram seguindo-o até sumir na multidão. Quase um encontro.
A estação chegou. Ela arrumou de forma desengonçada o montante de coisas e livro que carregava, e que, ironicamente, intitulava de “Peso do Conhecimento”. O que provocou outro sorriso dele. Por um acaso, o rapaz desceu na mesma estação para fazer a troca do trem. “Será que vai pra mesma direção ou pra oposta? A mesma, legal!” como gostava de acasos observou. Pode-se dizer que o rapaz era bonito, boca bem desenhada, olhar expressivo. Olhos talvez um pouco grandes demais. Ele se mantinha andando sempre a sua frente.
Por um acaso, ou não muito acaso assim, entraram de novo no mesmo vagão. Ela encostou-se e voltou a ler. Não para fazer charme, mas por que precisava terminar o capítulo antes de chegar ao seu destino. O garoto já não olhava mais, talvez por ter percebido que era observado. O destino chegou e novamente desceram na mesma estação, o garoto saiu apressado, ela tentou segui-lo, mas por causa do peso logo desistiu, apenas seus olhos continuaram seguindo-o até sumir na multidão. Quase um encontro.
São Paulo, 01 de outubro de 2009.
Eu adoro os acasos da vida!!!! .... é gostoso pensar que não temos controle dos nossos instantes de vida .....
ResponderExcluirPS: A garota voltou a ler pra fazer charminho sim!!!!! rs brincadeirinha!!!!
Adorável texto.
ResponderExcluirUm abraço.